quarta-feira, 26 de maio de 2010

Sobre aquilo que me falta

















Viver. Eita verbo complicado de se conjugar! Especialmente quando aplicado fora do papel. A ordem se inverte e de repente, você percebe que não há regra que sustente uma razão ou circunstância. Num mundo em que palavras não têm muito valor é necessário se valer de algo mais concreto, algo que o vento não possa levar e que possamos ver para crer - como dizem. (Em um mundo tão cético, é como se aquilo que não pudéssemos enxergar simplesmente não existisse). Tudo a cada dia está mais estranho para mim. Engraçado perceber isso, porque pela lógica eu deveria estar depois de todo esse tempo mais familiarizada com as questões de sempre, mas as respostas não me satisfazem e eu quero mais. E eu vou em busca disso, desse tanto que me falta. Às vezes penso não chegar a qualquer lugar, porém, sinto que parada que não dá pra ficar, estática como muitos a observar tudo de uma vitrine com a roupa, a pose e todas as outras coisas que nos oferecem mediante intermináveis prestações. Escolho então ficar com o mesmo jeans surrado, a mesma cara lavada e a mesma vontade de um tanto que não alcanço, mas que não desisto de um dia encontrar.

Carolina Braga, 26 de mai. de 10.


PS: Priscilla, MUITO obrigada pelas doces e generosas palavras. Uma grata surpresa, sem dúvidas! Por favor, envie sinal de fumaça mais vezes, rs. De qualquer maneira, é muito bom saber que tem alguém aí. Esse dedico a você. Beijos especiais! :)