terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Uma nova chance


Mais um ano chega ao fim. É hora de fechar pra balanço e analisar os ganhos e custos. O que revelará os resultados? Será sempre ganhar ou perder? Não creio. A balança da vida nem sempre se manifesta de acordo com as nossas expectativas e valores. Nem sempre realiza sua contagem com a nossa lógica pragmática. Ela possui suas próprias medidas. Suas próprias conclusões – queiramos ou não. Então, o que fazer com a conclusão que nos será apresentada? De certo, esta apontará em uma direção e anulará outras possibilidades. Nesse leque de escolhas cabe a nossa percepção, coragem e clareza de espírito decidir o quê e como fazer. Acredite, é muito mais que matemática. É preciso ter foco e compromisso com o nosso destino. É preciso saber quando abrir mão para ganhar mais. É preciso não dar crédito a quem está sempre em débito. E, sobretudo, jamais assumir dívidas que não nos pertence. Cada qual com seu fardo. Cada qual com seu saldo. Havendo superávit ou não, amanhã é outro dia, uma nova oportunidade para recomeçar e atingir as metas almejadas. Que venha 2009!

Carolina Braga, 29 de dez de 08

domingo, 21 de dezembro de 2008

Eu, você e a vida


Incrível como cada criatura revela sua humanidade de maneira particular. Mesmo as que possuem afinidades e elos significativos, mesmo estas, ainda assim absorvem o mundo de maneiras diferentes. Nada é comparável a essa multiplicidade de sabores e somas. Tudo é consentido. Tudo é visto e vivido de posições e aspectos distintos. Como podemos querer o outro tão bem entender se mal compreendemos as motivações de nossos próprios sentimentos? Tem muita coisa que eu queria compreender, muita gente que eu gostaria de melhor aceitar. Mas não é fácil, nunca é quando falamos do que vem de fora e do sai dentro, principalmente quando estes se colidem, quando depois só resta o vazio. E há quem julgue que isso é uma questão de inteligência e eu afirmo que é muito mais de não saber, não saber que deseja algo aprender. É sentir, sentir sem conceitos pré-concebidos, sem limites, sem perguntas, sem exclamações ou reticências. É viver, viver sem se preocupar com o que vem depois, com o que há de se fazer depois. Eu tô falando do hoje, eu tô falando de mim e de você. Eu tô falando da vida. Do que não sei e do que jamais saberei. Dos lugares que jamais conhecerei. Das pessoas que jamais amarei. Eu sei que você está aqui ao meu lado, eu só queria sentir a sua mão.

Carolina Braga
(hoje)

domingo, 14 de dezembro de 2008

M. G.: Obrigada!




Há 12 anos a vida me deu um presente que de tão imenso será para sempre dádiva e dívida incomensurável. E afirmo com certeza absoluta: ela é o espelho mais límpido do que levo e do que sou aqui dentro. Muito mais que uma melhor amiga, prima ou uma irmã d’alma, ela foi/é de certo uma das mais felizes escolhas que fiz na vida. É com ela que sou mais eu, é ela que sabe de coisas que só eu sei, é ela que guarda meus maiores segredos e pesares, é ela que decifra meu silêncio, é ela que ouve meu choro antes mesmo de a lágrima cair, é pra ela que eu jamais poderia mentir – mesmo que quisesse, mesmo que soubesse. Foi ela que me apresentou a Deus e isso eu nunca vou esquecer. Como jamais esquecerei todo o resto. Em um mundo em que tantas pessoas só se interessam em receber, usurpar e explorar, coisas assim me fazem pensar. Pensar em uma outra vida, em uma vida com mais encontros assim, com mais pessoas afim de construir e nunca e em nenhuma hipótese ludibriar ou destruir.
Você certa vez me disse que eu sempre encontro o seu caminho e hoje sou eu que te digo: desde que te conheci minhas escolhas se tornaram mais fáceis, simplesmente por que eu sabia que a despeito de tudo, a sua mão eu teria.

M. G.: Obrigada!