segunda-feira, 28 de março de 2011

Prefácio de gratidão






Sim, os dias não tem sido fáceis. Nunca foram, mas agora estão ainda mais espinhosos. Então, lá vem você com essa tua delicadeza de ser flor e dá novo sentido a palavra esperança. Pois esse é dom teu, desconfio até que seja a razão principal de teu ser: personificar a palavra delicadeza, a despeito das pedras, espinhos e quilometragem na vida daqueles que te são caros. E eu te sou cara, né? Sou sim. Eu sei que sou. Você já me deixou isso demasiado claro, inúmeras vezes. Só não sei se esse preço vale a pena. Espero que sim. Por que eu não quero nem saber, peço empréstimo, negocio e renegocio, mas de ti não abro mão. Te banco, te quero perto mesmo quando longe, te quero em minha vida, simplesmente. Principalmente e especialmente, porque nunca desistiu de mim, mesmo quando eu comigo não tive compromisso. Você não sabe, você nem faz ideia do estrago que faz aqui daí, mas é isso mesmo e a culpa será sempre tua. Sempre. Bom pra mim. E que seja, pelo menos na maioria das vezes, bom pra ti também. Esse é apenas o prefácio da carta que te prometi e do livro que um dia hei de te dedicar. Minha gratidão e meu carinho, em todo o tempo. Obrigada por me recordar quem sou, Priscilla Carvalho!


Carolina Braga, 28 de mar. de 11.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Tempo que passou


O tempo passa e a impressão de que algo de nós ainda não aconteceu, permanece. Eu mesma não suspeito o porquê da sua existência, pois já inexiste em mim qualquer espécie de expectativa ou esperança em relação ao que restou. Apesar de eu ser partidária daquele credo, de que as coisas que não possuem explicação são as que mais fazem sentido, ainda assim, me pego surpresa com essa sensação. Pois não há gesto, ou silêncio, que me sinalize a sua concretização. Nem meu, nem seu. Tudo bem, já faz algum tempo que deixei de tentar decifrar qualquer ação, ou não-ação de sua parte. Você mesmo tantas vezes me relatou ser esse um esforço inútil, então pra quê insistir em um erro tão infantil. (?) É, isso de fato, não possui o menor sentido. Sigamos, então. E que cada um encontre em suas respectivas estradas, mais caminhos de acerto e encontro.

Carolina Braga, 04 de mar. de 11.