terça-feira, 21 de outubro de 2014

Família, a primeira e a minha

Família. Eis um assunto deveras delicado. Exige sensibilidade, alguns sapos a engolir e um respiro vez ou outra.
Há vários tipos de família e uma particularidade comum à todas: nenhuma delas é perfeita. Composta de seres distintos e com defeitos e características únicas, faz-se necessário a prática difícil da tolerância diária e do enxergar claro. De saber quando se afastar para não perder a sua própria identidade e poder viver a sua própria vida. Freud já falava sobre isso.
Tenho gratidão infinita à minha mãe, aquela pessoa primeira que me amou. Mas sei que ela não pode preencher todos os espaços que há em mim e que assim como ela um dia o fez, eu também preciso construir a minha própria família, escrever a minha própria história e fazer o meu próprio álbum.
Família. Que bonito é quando se faz possível que famílias se deem as mãos em prol da felicidade de seus filhos e filhos de seus filhos. Que feliz é quando a felicidade de um se faz sorriso para todos.
Há quem nem meu sangue tem e me significa enormemente. Há com quem possuo similaridades genéticas e nenhum sentimento profundo ou superficial. Família, eu quero a minha. A minha família. A minha história. O meu álbum. E que minha mãe possa abençoá-la. E se não, ela continuará a ser quem é e eu seguirei o meu caminho. 

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

A ansiedade e seu trato com o tempo

Ansiedade. Mais que uma emoção, uma maneira de ser. Essa sempre me foi condição biológica mesmo. E nos últimos tempos me revelou o quanto ela pode ser nociva, por atropelar não só a mim, mas a pessoas que amo. Em especial, à quem mais amo, à quem mais está perto.
Essa tal ansiedade andou não permitindo que o outro vivesse seu tempo de ver e viver certas coisas. Essa ansiedade fez até com que quem me conhece passasse a duvidar de minha essência, de meus sentimentos e princípios básicos. Isso dói... Mas tenho consciência do quanto fiz doer também.
A ansiedade ela é precipitada. Por querer que o outro veja logo o que você vê (ou acredita ver) ela pode até cegar; por querer que o outro entenda coisas que somente você viveu, ela age como se subestimasse a inteligência até mesmo de quem você possui demasiada admiração.
Essa ansiedade que me fez perder tantos momentos nesses últimos meses, é a mesma que desejo agora que cumpra a função de ser paciente. Como? Como esperar quando o desejo é estar junto? Como cuidar quando se está ferida pela desconfiança do que existe de mais essencial em você? Tempo...
Tempo, te peço que venha trazer claridade sobre todas as coisas que hoje estão nebulosas. Venho te pedir cura para todos os males, para todas as dúvidas vãs e sem sentido. Não minhas. Mas que tomei para mim porque quero junto quem hoje duvida.
Que essa ansiedade que já me moveu para tantas coisas boas, hoje deixe de me fazer perder e me permita voltar a ser leve e livre. E fazer leve e livre. Não como antes. Mais e melhor do que antes. Porque é assim que se segue em frente: buscando o melhor sempre.
Não quero o passado, sr. Tempo. Quero um presente dadivoso. Quero terminar o dia bem. Porque hoje é isso que sinto que devo e posso fazer: dar um passo por dia. Sei que isto é o que poderá me levar longe, onde tanto sonhei e desejei. Para onde tanto continuo sonhando e desejando ir. Tempo, ensina-me a seguir...