domingo, 22 de março de 2015

Quando vale a pena...

Vale a pena quando existe respeito e gentileza.
Vale a pena quando não somos a última escolha, ou um meio para se conseguir algo.
Vale a pena quando existe generosidade para se dividir as responsabilidades.
Vale a pena quando as ações conversam com as palavras.
Vale a pena quando o desejo de reencontro é maior que a comodidade de desistir.
Vale a pena quando o sentimento é maior que a conveniência e a hipocrisia generalizada.
Vale a pena quando existe empenho na caminhada.
Vale a pena quando de mãos dadas é feita a escolha de crescer junto e se tornar pessoa de verdade.
Vale a pena quando o egoísmo e o orgulho não se tornam gigantes cruéis utilizando as alcunhas de individualidade e liberdade.
Vale a pena quando existe a coragem de querer ser livre de verdade.
Vale a pena quando a humildade dá espaço pro amor entrar e ficar.
Vale a pena quando somos capazes de perdoar o outro com a mesma facilidade com que nos perdoamos.
Vale a pena quando estamos dispostos a recomeçar sempre.
Vale a pena quando não perdemos de vista aquele olhar primeiro, aquele mesmo que nos devolveu como nenhum outro.
Vale a pena quando existe gratidão sincera.


Vale a pena quando é amor. E, sobretudo, quando permitimos que seja amor.

Da próxima vez...

Da próxima vez farei melhor.
Da próxima vez não darei um passo sequer sozinha.
Da próxima vez lembrarei de ser primeiramente generosa comigo.
Da próxima vez não serei presunçosa em achar que sei mais do que os outros.
Da próxima vez acreditarei mais nas atitudes do que nas palavras.
Da próxima vez não justificarei o injustificável.
Da próxima vez não pularei etapas.
Da próxima vez serei mais honesta comigo mesma.
Da próxima vez serei mais justa.
Da próxima vez não será como esta.

Da próxima vez, se houver, será incrível.

quinta-feira, 5 de março de 2015

Perdoe

- Perdoe; disse-lhe alguém que admirava.
- Perdoe-se; disse-lhe alguém que amava.
- Siga em frente; disse-lhe uma amiga forte e corajosa que um dia precisou seguir para tão longe, sozinha.
Ouviu essas e muitas outras coisas. Não fez promessas. Não fez registros. Decidiu que só voltaria a escrever quando tivesse voltado a ser a dona de sua história. Quando estivesse pronta para escrever um presente sem resquícios do passado que lhe assombrava. Sem ressentimentos, sem mágoas, sem questionamentos, sem desejos vãos.

As palavras assumiram um novo significado. O silêncio também. Silêncio de paz.