quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Para você







Hoje tive vontade de ler as suas cartas e sentir manifesta em mim aquela mesma alegria e carinho imensurável que você me despertou desde muito tempo. Assim o fiz e, sinceramente, não saberia te descrever exatamente qual foi o sentimento que as tuas palavras causaram em mim. Apesar de todos os meus pontos de interrogações em relação a você, uma dúvida eu nunca tive: eu gostava muito, muito mesmo de você! Na verdade, esse é um verbo que não se aplica somente no passado, afinal ele nunca deixou de ser conjugado em meus dias. Talvez em alguns momentos eu não tenha sabido vivenciar essa emoção, talvez em algum momento você também não o tenha sabido como me confessara certa vez, o que sei é que apesar de meu silêncio, tudo o que te disse continua valendo e que eu nunca desisti de você. Eu só queria que soubesse disso.

Carolina Braga, 30 de set. de 10.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Uma chance para nós




Já faz algum tempo, mas o sentimento que em mim permanece, reveste cada pequena lembrança com a mesma cor e o mesmo tom das coisas que pulsam na vida lá fora. Você continua acontecendo em mim. Engraçado como até o teu silêncio grita aos meus ouvidos e tua ausência é sentida como a mão que toca uma ferida. Inúmeras vezes desejei te dizer estas coisas e tantas outras, e se agora ensaio fazê-lo nessas poucas linhas, não é porque me atrevo a pensar que conseguirei verbalizar aquilo que toda minha verborragia durante tanto tempo não soube, - ou não pode -, te fazer conhecer. Não. Essa é apenas mais uma tentativa de alcance, ou talvez, simplesmente uma chance que estou a me dar. Uma nova chance de resgatar o que de mim em meio a tudo isso se perdeu e o que de nós eu espero poder comigo levar.


Carolina Braga, 14 de set. 10.

domingo, 12 de setembro de 2010

Marcas da vida




“Carol, você assusta.” Ouvi isso não tem muito tempo com certo pesar, por mais que eu soubesse que a pessoa que deferia esta sentença tivesse a melhor das intenções e que isso iria passar, que essa digamos visão romântica acerca da pessoa que vos fala iria findar. Sabia disso pelo simples fato de essa não ser uma situação exatamente nova pra mim. E pela simples circunstância de que todo susto é seguido de fuga. De certa feita uma pessoa declarou que eu a assustava, pois a fazia pensar, pensar se um dia havia tido uma possível doçura que eu preservava e que ela nem sabia se de fato um dia possuíra. Sinceramente, não sei o que dizer a respeito disso. Na verdade, esse é o tipo de momento em que as palavras me faltam e o silêncio prenuncia uma ruptura. Estranhamente, ao longo da minha vida as pessoas que me ofertaram as palavras mais bonitas, foram aquelas que se comportaram de maneira mais contrária ao que diziam. Talvez normal seja não causar reflexão. Talvez normal seja ser superficial. Possivelmente isso não cause nenhum espanto. E quem sabe, assim se viva sem tantas marcas e sem tantas histórias pra contar.

Carolina Braga, 12 de set. de 10.


“A inocência é boa pra quem sabe amar.” Rosa de Saron ;D