domingo, 12 de setembro de 2010

Marcas da vida




“Carol, você assusta.” Ouvi isso não tem muito tempo com certo pesar, por mais que eu soubesse que a pessoa que deferia esta sentença tivesse a melhor das intenções e que isso iria passar, que essa digamos visão romântica acerca da pessoa que vos fala iria findar. Sabia disso pelo simples fato de essa não ser uma situação exatamente nova pra mim. E pela simples circunstância de que todo susto é seguido de fuga. De certa feita uma pessoa declarou que eu a assustava, pois a fazia pensar, pensar se um dia havia tido uma possível doçura que eu preservava e que ela nem sabia se de fato um dia possuíra. Sinceramente, não sei o que dizer a respeito disso. Na verdade, esse é o tipo de momento em que as palavras me faltam e o silêncio prenuncia uma ruptura. Estranhamente, ao longo da minha vida as pessoas que me ofertaram as palavras mais bonitas, foram aquelas que se comportaram de maneira mais contrária ao que diziam. Talvez normal seja não causar reflexão. Talvez normal seja ser superficial. Possivelmente isso não cause nenhum espanto. E quem sabe, assim se viva sem tantas marcas e sem tantas histórias pra contar.

Carolina Braga, 12 de set. de 10.


“A inocência é boa pra quem sabe amar.” Rosa de Saron ;D

Um comentário:

priscilla disse...

Esse foi pra mim, a "visão romântica"
quem teve fui eu. Quem continua tendo, sou eu.

Minha Carol, continua assustando, de tão linda que é. E eu percebo o quanto sou tratante e sem vergonha (comentário tardio) ;/

Desmereço esse ser: Carolina Braga de sei lá o quê. Mas amo de todo o ser, ainda q a mesma n creia nem bote fé, no q digo. (L) ;*