quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Ressalva




Já faz algum tempo que pensava em fazer aqui um adendo que pode até soar como uma obviedade, - ou não -, mas que diante das circunstâncias atuais, ou melhor, dos dias atuais, e do respeito que tenho pelas pessoas que possam por ventura ler o que aqui escrevo, gostaria de ressaltar que esses pequenos textos são apenas crônicas, que falam sim um pouco de mim, como falam um pouco de outros, mas que as coisas não acontecem exatamente nessa mesma ordem e às vezes os outros se classificam assim mesmo: no plural. Tendo em vista isso, posso falar de mim, de outra pessoa e existir ainda um terceiro elemento que pro segundo não existe qualquer relação. Sinto-me sinceramente um pouco enfada em tentar explicar as motivações do que aqui registro, mesmo por que, por vezes essas motivações são apenas ilustrativas. Me pego admirada com a ironia da vida e esse espanto me dá a ciência do quanto as palavras, vez ou outra, - assim como todo o resto - podem tomar a forma que bem quiserem e até mesmo fugir ao nosso controle. Já escrevi aqui sobre meu sentimento em relação a minha avó e houve quem o interpretasse como uma carta de uma mulher apaixonada a um homem ingrato. Muitas coisas parecem, há muito que fica a espreita, a essência pede um olhar demorado.

Carolina Braga, 26 de ago. de 10.

Um comentário:

priscilla disse...

"Tendo em vista isso, posso falar de mim, de outra pessoa e existir ainda um terceiro elemento que pro segundo não existe qualquer relação." AUHAUHAA ;*

Adorei ler isso!hehehe



...E não poderia ter terminado melhor:

"(...)a essência pede um olhar demorado."


Abraço na sábia, Carolzinha. ;D