terça-feira, 10 de agosto de 2010

Uma pausa - para elas e para nós











Andei ensaiando te dizer as mesmas coisas de sempre em um tom diferente. Aconteceu que o tom não encontrei e assim, calei. Nesse silêncio me dei conta de que talvez essa fosse a única maneira de me fazer ser ouvida, e quem sabe, compreendida. Na verdade, nesse momento esse desejo já nem mais existia. Percebo claramente que a verborragia era só força do hábito. As palavras sempre foram a minha salvação e a minha perdição. Eu sei bem disso. Você também sabia. Mas o que fazer se sem elas eu me sentia tão solitária e até mesmo frágil? Elas eram a minha companhia mais fiel. Não, elas não me traíram e nem disseram “adeus” sem dar a menor explicação. Eu que resolvi dar uma folga à elas – à elas e ao meu coração.

Carolina Braga, 09 de ago. de 10.

3 comentários:

Anônimo disse...

O que seria do mundo, da vida, das emoções, sem as palavras? Nada seria.
Parabéns..
beijo

priscilla disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
priscilla disse...

Folga ao coração?
Hum... sei não, hein?!Seria possível, será?Vejo coração, no texto.
Concluo, então, que o "core", tá sem folga. Como nunca teve, em seus textos. ;)

Beijos, Carol querida!