segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Só porque é triste o fim




Desde o início as coisas não foram fáceis para nós. Nossa relação sofria de uma espécie de falta de entendimento crônico. Não compreendia de onde ele advinha, nem por que existia, mas ele estava ali, sempre a nos espreitar de maneira às vezes pouco nociva e em outras, destrutiva. Talvez as coisas fossem diferentes se as circunstâncias fossem outras, - talvez não. Talvez isso não tenha tanta importância pra você agora, - como não tinha antes – eu não sei e nesse momento esse não saber dói bem menos e já não é mais busca premente pro que quer que seja. Acho que poucas coisas na vida, de fato, necessitam dessa tal de urgência. Ontem eu te disse: “Você é livre, se quiser: pode ir.” E você prontamente colocou sua mochila pouco pesada nas costas e partiu, sem nem olhar para trás. E então, finalmente eu entendi: esta foi uma história que você nunca quis verdadeiramente bancar e eu sou a companhia que você nunca desejou, de fato, ter.

Carolina Braga, 23 de ago. 10.

Um comentário:

priscilla disse...

Doeu na alma, esse. :S