sábado, 24 de janeiro de 2015

A extinção do eu

Temos vivido tempos em que se fala da extinção da família. Parece algo um tanto quanto sensacionalista essa fala, mas andei refletindo a respeito e vi o quanto isso significa uma das questões centrais de nossos tempos.
         Vivemos em um século onde homens e mulheres de 30 e 40 anos se comportam tal qual adolescentes infantilizados, incapazes de sair da barriga de suas mães e viver no mundo lá fora. Com as responsabilidades e atitudes próprias de um adulto. Oras, se temos tido dificuldade de bancar nossa própria vida, como poderemos pensar em bancar a vida com outra pessoa e/ou a de outro ser-humano?
          E não estou falando nem em aspectos financeiros. Conheço muita gente que paga seu apartamento, tem seu carro e no entanto, vive ainda condicionado, não sob influência o que é natural, mas condicionado à opinião maternal ou até mesmo de outros para a condução de sua vida.
Engraçado, nossos pais e avós são aqueles que melhor honraram seus pais, como dificilmente fazemos nos dias de hoje, porém, isso não os impediram de construir sua própria família e seguir em frente como deve ser o destino de todos nós.
Atualmente o maior empecilho para construir uma família com alguém não tem sido encontrar uma pessoa financeiramente estável, mas alguém disposto a ser capaz de sair do comodismo do vente que foi gerado para gerar uma nova vida: adulta. Talvez esse seja mais do que o século da extinção da família, mas da extinção do eu.

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