segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Talvez não


Em nunca fui muito boa em dizer 'não'. Talvez porque pronunciar essa palavra sempre tenha soado para mim como uma espécie de sentença definitiva e inegociável, impossibilitando recursos de apelação ou qualquer tipo de alegação. Eu gostava de pensar que as coisas, de repente, tinham jeito e que, quem sabe, ainda seria possível virar o jogo nos 45 do 2º tempo. (Quem sabe a prorrogação não me favorecia?) Talvez essa fosse a minha maneira de ser otimista, ou de simplesmente alimentar amargas e inúteis espectativas. Os tempos mudaram e acabou que o tal do 'não' passou a fazer parte do meu dicionário e eu até descobri que ele nem sempre é o vilão da história. Na verdade, eu descobri que não existem vilões - nem mocinhos. Me dei conta de que perder às vezes não é assim tão ruim e que ficar, frequentemente causa mais estrago que partir.

Carolina Braga, 08 de fev. de 10.

Um comentário:

Mari disse...

Houve um tempo em que o "não", esse vocábulo que tanto nos assusta, não existia no meu dicionário. Até que eu o pronunciei pela primeira vez. E desde então, ele se faz presente em meu cotidiano. Sim, ele, por vezes, soa como sentença definitiva. Mas não, nem sempre ele o é. Faz parte da vida tê-lo e proferi-lo. Dizer sim sempre é que não dá...



Beijooo!