Nos próximos dias estarei comemorando o meu ano particular
nascendo novamente. Nesses últimos meses inúmeras coisas aconteceram: mudanças
na rotina, eventos inesperados, projetos reavaliados e alguns suspensos. Chega
a ser engraçado o modo como a vida vez por outra decide acontecer. Ela não está
nem aí pro que você pensa a respeito dela ou de qualquer outra coisa, ela dita
as regras e ou você se enquadra, ou você dança baby. Quando digo se enquadrar,
não me refiro a se conformar ou algo do tipo, mas ao fato de você ter que às
vezes também se render. Se render à realidade de que não temos o controle sobre
absolutamente nada e que num piscar de olhos tudo, absolutamente tudo, pode mudar
ou mesmo deixar de existir. A TV, a contemporaneidade e tudo mais tenta nos
vender uma ideia ilusória de que somos deuses, donos de coisas que nem ao menos
são palpáveis. Quão logo acordamos desse sonho de Alice, mais cedo as dores
poderão começar a diminuir de intensidade e algumas feridas cicatrizarem.
Aprendi muito, muito mesmo, nesses últimos tempos e essa é uma certeza que
tenho desde quase sempre: eu tô aqui pra isso, pra aprender. E assim vou seguindo, com uma bagagem superior
a quantidade de anos que consta na minha certidão de nascimento e umas marcas
de guerra, como diria uma amiga querida. Apesar de toda a dor e de toda a
dificuldade que só podem ser mensuradas por esta que vos fala, não trocaria
minha história por nenhuma outra. Pois nada se compara ao orgulho que sinto da
pessoa que sou, acima de tudo, apesar de tudo. E isso não é pra qualquer um.
Carolina Braga, 01 de ago. 12.
Nenhum comentário:
Postar um comentário