Nove
meses. Esse é o tempo que a vida pede para formar e ser concebida. Às vezes,
ela é mais veloz tamanha a vontade de vir a ser. Em nove meses muitas coisas
podem ser gestadas, incluindo uma nova vida que não gera outro ser material, mas
um novo indivíduo espiritual. Possivelmente uma pessoa que já ansiava pelo seu
nascimento, mas que precisou de novos elementos para viabilizar esse
surgimento. Em nove meses pode nascer em nós uma nova pessoa, mais parecida com
quem somos em essência. Em nove meses pode nascer, crescer e ir para o mundo o
perdão, aquele mesmo que precisamos oferecer sem mesmo ter sido solicitado pela
parte causadora das ofensas e mágoas. Em nove meses podemos conhecer outros
significados mais reais para as palavras já conhecidas. Em nove meses a vida pode
dar uma volta daquelas, que a princípio nos deixa tontos, mas que depois quando
ela para, você simplesmente não consegue parar de sorrir e agradecer por sua
sabedoria infinita e pelo lugar em que está agora. Em nove meses pode ser
gerada uma consciência mais limpa e tranquila de quem se é e daquilo que não
deseja para si, principalmente. Em nove meses pode nascer um amor ainda maior
do que aquele que acreditava conhecer. Em nove meses você pode aprender mais
sobre o que há muito era necessário saber a respeito das coisas que
genuinamente lhe pertencem. Em nove meses você pode aprender a acepção mais
verdadeira da palavra lar e que muitas casas materiais jamais serão espaço para
um. E que, sobretudo, você precisa ser a sua própria casa, onde quer que
esteja, para poder estar sempre em contato consigo, para poder se levar por
onde quer que vá. Em nove meses podemos caminhar durante um bom tempo sem saber
para onde estamos indo, mas algumas boas escolhas do passado podem nos conduzir
misteriosamente ao lugar que nos proporcionará a vista onde o sol até parece
nascer, de tão pleno e reluzente. Em nove meses, ah... em nove meses, podemos
nascer de novo. Literalmente.
E se.
Há 6 anos
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