quinta-feira, 26 de março de 2009

O que é o amor


Quando eu era criança eu pensava que o amor era dizer eu te amo. E que todo mundo que o fazia era verdadeiro, e como tal, cada uma dessas três palavrinhas era convite para poesia. Eu fui crescendo e descobrindo que as coisas não eram assim tão simples e pueris. E que não são as palavras que oferecem legitimidade ao sentimento, mas o contrário. Aprendi que nem sempre as pessoas são genuínas no que dizem e que há muitas outras que privam os que lhe cercam do que elas possuem de melhor. Cada qual adota para si um estilo de vida que, no final das contas, é baseado em sua crença sobre o amor. Há algum tempo que já não sou mais aquela criança, porém algo dela para sempre em mim ficou. Até hoje levo comigo a certeza de que esse sentimento é o que há no mundo de mais sagrado e o melhor que pode existir em cada um de nós. Já deixei de ofertá-lo a quem merecia; bem como já o ofertei a quem o banalizou. Cheguei até a guardá-lo somente em meu peito com receio de torná-lo algo ordinário. E foi quando eu entendi, enfim, que só aprendemos o que é o amor quando nos permitirmos amar, e isso implica nos doar. E porque não dizer também, nos conceder o direito de errar.

Carolina Braga
* Ontem *

Um comentário:

Mari disse...

Quando eu era beeeem criancinha, achava q só os namorados se amavam (pq beijavam na boca...rsrs). Aí eu cresci e percebi q amar vai muuuuito além de beijar na boca (aliás, descobri q beijo na boca independe de amor...rsrs!!!). Que tem mais haver com gestos e comportamentos do que com o q realmente se sente... mas q é a coisa mais sublime... e a arte mais difícil do mundo...

= )