domingo, 21 de agosto de 2011

Como as coisas são






Desde que o mundo é mundo, sabemos: relações humanas não são fáceis. Quando a proximidade e o envolvimento são maiores, em alguns aspectos a comunicação é facilitada, em outros, se torna mais difícil lidar com a expectativa gerada em relação ao outro e a própria relação. Pois você passa, inconscientemente, a pensar que o conhecimento mútuo implica em quase uma adivinhação constante de olhares, silêncios e palavras. E as coisas não são bem assim. Pelo fato de duas pessoas se amarem e se conhecerem razoavelmente, isso não quer dizer que deixaram de existir lacunas e não saberes entre estas, só quer dizer que elas serão em menor número na maioria das vezes e que valerá a pena tentar transpô-las. Nada é certo, nada está acabado até que chegue realmente o fim, eu mesma não sei de um milhão de coisas a respeito do que quero e das coisas que irei realizar amanhã. Reconhecer-se limitado talvez seja o primeiro e verdadeiro passo a dar em direção ao outro. E reconhecê-lo igualmente limitado, talvez seja a oportunidade rara de onde nascem os grandes encontros.


Carolina Braga, 21 de ago. de 11.

2 comentários:

Ivna Pinna disse...

ahh Carolina.. vejo que as horas que passei conversando contigo valeram a pena, eu devia ser psicologa profissional, não acha? hahahahaha

http://odonodomeumundoazul.blogspot.com/

priscilla disse...

Preencher lacunas. Vou sair pra preencher. (: