sexta-feira, 16 de abril de 2010

Do que restou de nós
















Agora já não dói. Aquela sensação de sufocamento, como se meu peito estivesse sendo esmagado, passou. Sumiu como se a pressão que era sobre ele dispensado tivesse, enfim, resolvido deixá-lo respirar normalmente, tranquilamente. Posso sentir o ar circular em meus pulmões como o vento que dança com a folha de papel na calçada da minha casa. É tão mais simples simplesmente ser. É nesse momento que há de fato o nosso encontro e não quando nos enredamos em questionamentos e dialéticas céticas sobre aquilo que só é possível ser concebido quando vivido. Inspiro e expiro. E o que entra e sai de mim já não me causa dor, já não é mais insalubre ao que do nosso amor restou.

Carolina Braga, 16 de abr. de 10.

Um comentário:

Mari disse...

Dessa vez vou me resumir: LINDO! PERFEITO!!!