segunda-feira, 2 de abril de 2012

Fazendo a minha parte

Há pouco mais de três meses iniciei uma especialização em Educação Inclusiva e desde então tenho sido confrontada com a velha perguntinha mágica: “Por quê?”. É engraçado quando acontece uma situação assim, em que nos vemos tendo que formular uma justificativa para algo que é tão justificado para nós, que por essa razão nunca precisamos nos dar uma resposta. Dia desses me peguei respondendo pura e simplesmente: “Eu sempre quis fazer a diferença na vida das pessoas”. Isso pode soar piegas ou até mesmo arrogante, mas ocorre que esta é a única verdade.
Eu cresci com o sentimento de que não havia sentido estar aqui para fazer as mesmas coisas que eu via serem feitas e das quais não concordava. Pensava (e penso) que não há sentido na vida quando não há sentimento – pelas pessoas, de uma maneira geral. E para sentir as pessoas, é preciso antes enxergá-las. Pois a partir do momento que isso verdadeiramente acontece, é impossível olhar para trás ou para os lados, pois você já não é mais o mesmo, você já não faz mais parte do passado. Afinal,somos todos a somatória de vivências de pessoas que cruzaram nosso caminho e nos deixaram (ou nos levaram) algo. Trabalhar a Inclusão e a Educação é acreditar que essa soma pode (e deve) incluir todos os sem-número de pessoas distintas que possa vir a existir em nossa vida e que pode haversim sempre um resultado positivo para ambas as partes.
Eu não sei até que ponto eu poderei realizar isto, mas começar sabendo o nome do meu novo vizinho e porque ele não vai à escola, talvez esse seja um início.

Carolina Braga, 27 de mar.
de 12.

Um comentário:

Priscilla Carvalho disse...

Coração lindo, esse seu. Um coração que sente e pensa os melhores pensamentos. Tá aí um texto bom pra refletir.Porque sei que tudo que dou é tão pouco pra necessidade do mundo, penso então que no ''mínimo'' posso sempre dar meu máximo. E acho que assim a diferença tá feita.