quinta-feira, 10 de junho de 2010

Sobre a fome de cada ser




Você que me pede pra matar sua fome; eu me pergunto: “até onde eu também mato o homem?” Aquele homem que é dono de tantas fomes e que há muito já morreu de algumas delas. Aquele homem que bate em portas que não se abrem, que abre a mão pra receber ‘qualquer coisa’ e o que recebe é quase nada. Homem o que eu posso verdadeiramente fazer por ti? Eu gostaria de ao invés de dar o que me pedes dar o que precisas. Mas o que de fato você necessita? Que vazio é esse que comida não preenche e que analista não entende? Chego até a me perguntar quem de nós é mais miserável, se é você que desesperadamente me estende as mãos, ou se sou que covardemente não as alcanço. Oh homem, espero que ao menos um dia descubras que há um Deus que habita em ti, e que é esse mesmo Deus o único que poderá teu maior vazio saciar.

Carolina Braga, 10 de jun. de 10

2 comentários:

Conspicuamenteconspícua disse...

"espero que ao menos um dia descubras que há um Deus que habita em ti, e que é esse mesmo Deus o único que poderá teu maior vazio saciar".


My God que texto fantástico. De tamanho egoísmo da saciedade nos esquecemos de alimentar nossa alma de Deus.


Bjo. Minha amiga. Apesar de ter comentado ainda to refletindo neste texto. =)

Unknown disse...

Poxa Carol, entendo que uma crítica sendo ela oriunda de sabedoria seria bem vinda. Acredito sim, que estás aberta pra críticas construtivas. Mas que dizer do texto?
Em tudo verdade e tamanha é a leveza nas palavras que ainda não vi outro ser, que tivesse igual.
Passado esse trecho abaixo:

"Chego até a me perguntar quem de nós é mais miserável, se é você que desesperadamente me estende as mãos, ou se sou que covardemente não as alcanço."

Acredito que a crítica tá ai, não no seu texto, mas nessa infeliz verdade. Que vc mesma colocou.
Não espere críticas, a crítica maior, você, já a fez.






Priscilla Carvalho.