quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Abstrata


E os pés já não reconhecem o caminho. E na boca já não habita o riso. As palavras se perderam submersas em um silêncio vazio. A poesia, a cor e a beleza se mudaram para um país distante, inacessível. Não havia dança, canto ou primeiro ato, tudo era continuidade de algo que há muito deixara de existir. Não doía, não ardia, não pulsava. Nada era sentido ou pensado. Era só a presença abstrata. A ausência da eternidade.

Carolina Braga, 26 de Nov de 08

Nenhum comentário: