quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Nas mãos da sorte


Eu morro de medo de cair na armadilha do óbvio. Tudo bem, as coisas não são assim tão simples, não há uma regra ou uma bússola que nos aponte a direção. Quer dizer, nem sempre. Às vezes, parece que o que está em questão é simplesmente nossa capacidade de percepção e de ver o que há por detrás daquilo que nos é apresentado. Não raro, a busca desenfreada pela verdade é justamente o que nos cega no momento em que tanto desejamos enxergá-la. De repente, a alternativa mais acertada seja apostar no improvável e entregar nas mãos da sorte o resultado. A vida é um jogo de escolhas e se dá melhor quem realiza as suas e assume o bônus – e o ônus – da sua prisão denominada liberdade.

Carolina Braga, 10 de out de 08

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