quinta-feira, 30 de outubro de 2008

A idiota fui eu


Perdi a vontade de você. Teu gosto já não me apetece. Teu nome já não traduz significado. E eu fico aqui me forçando a pensar em você e compreender o que por tantas vezes me levou a perder horas de sono contigo. É estranho. Você nem fazia meu tipo, mas eu não conseguia imaginar outro que não fosse você nas minhas manhãs, tardes, noites e madrugadas quase inacabáveis e que logo chegaram ao fim.
Tão forte foi o desejo, tão efêmero o momento. E eu já me antecipava à hora do adeus, eu no fundo sabia que ele não tardaria e que se faria necessário em breve, tanto que nem te pedi pra ficar, que agi como se nem fosse comigo. Mas foi comigo. E apesar de eu ter dissimulado e apesar de mentir não ser comigo, me comportei como se não me importasse, como se não existisse sentimento e você duvidou e eu te achei um idiota por isso. A idiota fui eu. É fato. A idiota fui eu em pensar que poderia fugir do teu olhar que me desnudava até a alma e que te revelava tudo o que eu jamais teria a decência de te dizer. Ainda bem. Ao menos assim me poupou um trabalho danado.
Teu olhar eu já não tenho, nem os momentos, as risadas, a prioridade e nesse instante sinceramente eu não saberia dizer o que sinto.


Carolina Braga (agora)

3 comentários:

Cláudia Silva e Cunha disse...

Textos belíssimos! Gostei muito.
Parabéns!
**

Anônimo disse...

Agora entendo porque lembrou de mim e porque disse que eu iria gostar. Me vi nesse texto!
Muito bom! :-*

Perliane Moura disse...

Oie... mara tudo aki viu!!!
ehhehe

beijos e uma noite suave pra vc...
ahh me visita?!